A ditadura salazarista do Estado Novo que controlou a vida dos portugueses durante 48 anos, precisou da colaboração das instituições de comunicação, correios e telefones, para a polícia política conseguir escutar e violar correspondência daqueles que perseguiam. Isto durou até ao 25 de Abril, e há mesmo relatos dos Capitães de Abril que através das comunicações interceptadas conseguiram iludir as escutas, de forma a pensarem que o movimento militar fosse noutra data.
A Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa, tem patente ao público esta exposição temporária, "Do Cabo Zero à Liberdade", que mostra como eram efectuadas as escutas, o controlo da correspondência e a censura da arte filatélica, reduzindo a capacidade artística a selos postais que só retratavam o que os decisores políticos queriam revelar. Esta exposição foi inaugurada em Abril, e estará patente ao público até Abril de 2025.
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